Autor(a): Leandro Januario de Souza
Orientador(a): Flávio Romero Macau
Data da defesa: 08/01/2015
Resumo: A produção de bens em conformidade com as exigências dos compradores em relação à qualidade, custo e tempo é um dos desafios das organizações atuais. E, uma das maneiras de atender às exigências e expectativas dos compradores é explorar a capacidade de criação e transmissão de conhecimento organizacional. Nesta pesquisa, compreende-se o conhecimento organizacional como uma experiência compartilhada por indivíduos, transformada e amplificada pela organização e entre organizações. O presente estudo objetivou analisar como se dá a transferência de conhecimento em uma rede de empresas exportadoras de frango para o Oriente Médio. Entende-se que redes de empresas são grupos de organizações que atuam em conjunto para alcançar seus objetivos individuais simultaneamente aos objetivos coletivos do grupo. Concluiu-se que, na rede, unidade de análise, há difusão de dois tipos de conhecimento, o religioso e o técnico. O conhecimento técnico refere-se àquele utilizado durante o processo de produção, armazenamento, distribuição e comercialização. O conhecimento religioso, por sua vez, refere-se ao conhecimento teológico do islamismo, dogmas, regras e interpretações contidas no Alcorão. A transferência do conhecimento religioso não é restrita aos atores muçulmanos, pois transborda para outras partes envolvidas, como frigoríficos exportadores, entidades governamentais, câmaras de comércios e a federação dos produtores e exportadores. Isso ocorre porque todos os atores envolvidos aprendem sobre os procedimentos e regras religiosas presentes no processamento de alimentos Halal e sobre seu significado e importância para a comunidade muçulmana. O conhecimento técnico transmitido na rede está associado à disseminação da eficiência operacional e melhores práticas de produção. Para chegar a essas considerações, o percurso metodológico envolveu uma pesquisa qualitativa, de natureza exploratória e descritiva, com estratégia de pesquisa estudo de caso. As evidências empíricas foram coletadas em entrevistas semiestruturadas, observação não participante, fotografias, vídeos e documentos. Para a análise dos dados utilizou-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) e a codificação teórica.
Palavras-chave: Transferência de Conhecimento; Conhecimento Tácito e Explícito; Redes de Empresas; Exportadores de Frangos; Alimentos Halal.
Área de Concentração: Estratégia e seus Formatos Organizacionais.
Linha de Pesquisa: Gestão em Redes de Negócios.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Gestão em Redes de Negócio.
Projeto de Pesquisa: Gestão do Conhecimento e Desempenho.
Autor(a): Nilson César Bertóli
Orientador(a): Ernesto Michelângelo Giglio
Data da defesa: 05/02/2015
Resumo: O objetivo deste trabalho foi apresentar uma proposta conceitual sobre as categorias confiança e comprometimento serem eixos organizadores dos estados de redes, e que essas duas categorias, somadas às categorias de assimetria e governança, caracterizam os estados de redes. Utilizou-se como exemplo o agronegócio da região norte do Paraná, especificamente a produção de banana e de uva. Entende-se como estado de rede, a configuração da presença e do conteúdo das categorias selecionadas em desenhos de sistemas que se modificam continuamente. O eixo pode ser entendido como ponto de atração, no qual as partes orbitam e se organizam, buscando criar equilíbrio do sistema. A proposição orientadora foi que as categorias sociais de confiança e comprometimento são eixos organizadores dos estados de redes. A proposição secundária foi que essas duas categorias sociais, junto com assimetria e governança, caracterizam os estados de redes em suas diversas manifestações. O trabalho justifica-se pela importância teórica do tema das categorias sociais como organizadoras dos estados de redes e pela oportunidade de se acompanhar o desenvolvimento de redes locais. Como fundamento teórico, foram utilizados princípios da perspectiva da sociedade em rede, especialmente a afirmativa de que todas as organizações estão em redes; e princípios da perspectiva social de redes, principalmente a afirmativa que existe um pano de fundo social nas decisões técnicas. Das duas perspectivas foram selecionadas as quatro categorias - confiança, comprometimento, natureza e forma de solução das assimetrias, sinais e formas de governança. A presente pesquisa caracterizou-se por ser descritivo-explicativa, qualitativa, quantitativa não paramétrica e de casos múltiplos. Foram criados três instrumentos - roteiro para entrevista com questões abertas, questionário com afirmativas e roteiro de acompanhamento. Os dados sustentam as proposições sem deixar margem a dúvidas, pois rapidamente indicaram a exaustão pela convergência. Como resultado, foi possível afirmar que a confiança e o comprometimento são as bases de sustentação das duas redes, em que há forte laço social no grupo dos viticultores e no grupo dos bananicultores, e que as quatro categorias foram capazes de caracterizar um estado de configuração de redes nos dois grupos - a rede da uva apresentou-se com um desenho de uma rede mais organizada, equilibrada, e a rede da banana com um desenho de uma rede que está enfrentando certos problemas e desorganização do grupo devido a fatores econômicos. O benefício deste trabalho foi contribuir de forma teórica para os estudos em redes, na investigação da interface entre as quatro categorias, colocando duas delas como eixos ordenadores dos estados de redes, e contribuir de forma metodológica para o aprimoramento de instrumentos de coleta de categorias qualitativas no campo de redes, além de uma possível contribuição gerencial para os representantes das associações.
Palavras-chave: Redes; Estados de Redes; Confiança; Comprometimento; Agronegócio.
Área de Concentração: Estratégia e seus Formatos Organizacionais.
Linha de Pesquisa: Gestão em Redes de Negócio.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estratégia Empresarial.
Projeto de Pesquisa: Discussão e Defesa do Argumento dos Estados de Redes de Negócios: Aspectos Teóricos, Metodológicos e Exemplos de Pequenas Empresas.
Autor(a): Telmo José Magalhães da Silva
Orientador(a): Pedro Lucas de Resende Melo
Data da defesa: 26/02/2015
Resumo: Esta dissertação objetivou identificar as estratégias e ações das associações de franqueados nos relacionamentos entre franqueador e franqueados das redes de franquias, utilizando como exemplo a rede de organizações no ramo de franquias de idiomas. O princípio orientador teórico consiste na afirmativa de que a rede de negócios é ordenada por relacionamentos sociais de diversas variáveis. Assim, a pergunta investigada foi: quais práticas de gestão são adotadas pelas associações de franqueados por intermédio dos relacionamentos entre franqueador e franqueados? Considerando que sinais indicam uma literatura incipiente acerca do tema, justifica-se uma análise mais aprofundada das fontes de autores, os quais afirmam a existência de benefícios quando da aplicação do raciocínio das variáveis sociais nas redes de negócios. O resultado final da pesquisa indicou a existência de confiança plena apenas em uma parte dos componentes da rede, assim como de cooperação parcial entre eles. Como principal ação da associação de franqueados destaca-se a representação dos diversos anseios expressados pelos franqueados junto aos franqueadores. Sob o foco da forma de governança exercida pela associação de franqueados, pode-se ver que as regras e as penalidades que compõem seu estatuto são conhecidas e aplicadas. A influência dos líderes que compõem a Diretoria da associação e o processo de votação nas reuniões da associação de franqueados são fatores determinantes na forma de solução de conflitos. Como contribuição gerencial, este trabalho procurou trazer conhecimento aos empreendedores que desejam realizar investimentos no segmento de franchising; aos franqueados, mostrar a necessidade da utilização de ferramentas de gestão no gerenciamento do seu negócio e, para os franqueadores, apresentar contribuições para a gestão e expansão da marca da sua franquia.
Palavras-chave: Redes de Franquias; Associação de Franqueados; Estratégia; Empreendedorismo.
Área de Concentração: Estratégia e seus Formatos Organizacionais.
Linha de Pesquisa: Estratégia Empresarial.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estratégia Empresarial.
Projeto de Pesquisa: A Internacionalização de Pequenas e Médias Empresas Brasileiras.
Autor(a): Ricardo Lerche Eleutério
Orientador(a): Nadia Wacila Hanania Vianna
Data da defesa: 24/08/2015
Resumo: Empresas brasileiras, notadamente a partir dos anos de 1990, têm buscado atuar no cenário internacional. Trabalhos de diferentes autores têm relacionado vantagens e desvantagens desse direcionamento a outros países. Com relação às empresas do segmento de energia elétrica, que também têm atuado em outros países, formulou-se a seguinte questão norteadora desse trabalho: as empresas brasileiras de capital aberto, listadas na BM&FBovespa que adotaram estratégia de internacionalização, tiveram desempenho econômico-financeiro e social diferenciado no período 2010-2013, em relação às não internacionalizadas? Cabe salientar que, nessa pesquisa documental, foram estudadas empresas de capital nacional com ações negociadas na BM&FBovespa, porque disponibilizam suas demonstrações contábeis financeiras para análise, bem como balanços sociais. O período estudado foi de 2010 - 2013, porque nele a economia tornou-se mais estável (pós crise que afetou os mercados mundiais) e, em 2010, teve início a adoção das normas internacionais de contabilidade (IFRS) pelas empresas brasileiras com ações negociadas na BM&FBovespa, o que facilitou a comparabilidade de demonstrativos financeiros. Questões subsidiárias foram adicionadas: quais foram os modos de entrada em novos mercados, adotados pelas empresas internacionalizadas? Qual foi a motivação para o direcionamento ao cenário internacional? Para responder a esses questionamentos foram buscadas teorias que explicassem a internacionalização de empresas, e levantadas informações, diretamente das empresas, por meio de questionário. Resultados do presente trabalho, com base na análise de ‘quartis’ (medidas de posição da estatística) sinalizaram que: as empresas internacionalizadas, tendo-se em vista a configuração de índices selecionada da literatura pesquisada, apresentaram melhor desempenho econômico-financeiro em relação a 12 das 13 empresas não internacionalizadas estudadas. Adicionalmente, foram calculadas as médias dos indicadores para os dois grupos de empresas no período 2010-2013, tendo as empresas internacionalizadas apresentado média superior quanto aos índices de rentabilidade; além disso, por meio do teste não paramétrico de Mann-Whitney, obteve-se, aos níveis usuais de significância, que há diferença entre as médias de índices de rentabilidade para empresas internacionalizadas e não internacionalizadas. No tocante ao desempenho social, as empresas não internacionalizadas revelaram melhor desempenho do que as empresas internacionalizadas. Empresas que entraram no mercado internacional a partir do modo greenfield foram motivadas por questões econômicas e buscaram países que guardam pequena distância psíquica em relação ao Brasil, dada à proximidade geográfica e de idioma. Tendo-se em vista que a amostra estudada de empresas não foi colhida de modo probabilístico, os resultados não podem ser generalizados para as empresas não participantes da pesquisa. Sugere-se aprofundamentos do presente estudo, bem como sua ampliação para outras formas de avaliação de desempenho.
Palavras-chave: Estratégia de internacionalização; Desempenho econômico-financeiro; Desempenho social; Energia elétrica.
Área de Concentração: Estratégia e seus Formatos Organizacionais.
Linha de Pesquisa: Estratégia Empresarial.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estratégia Organizacional.
Projeto de Pesquisa:
Estratégia de Internacionalização: Desenvolvimento Econômico-Financeiro de Empresas Brasileiras de Capital Aberto.
Autor(a): Victor Ragazzi Isaac
Orientador(a): Pedro Lucas de Resende Melo
Data da defesa: 17/12/2015
Resumo: O amadurecimento econômico que o mercado brasileiro tem passado na última década tem refletido diretamente no crescimento de redes de franquia existentes no país. Estas saltaram de apenas 971 em 2005 para 2.942 em 2014, fazendo inclusive com que o Brasil emergisse como terceiro maior mercado deste segmento. Tendo isto em vista, diversas redes de franquias estrangeiras começaram estrategicamente a buscar o mercado brasileiro para atuar, deixando o mercado ficou mais ainda mais competitivo. Mediante tal quadro, surge o problema de pesquisa deste trabalho que se define como: quais são as diferenças organizacionais entre as redes de franquias estrangeiras e as redes de franquia brasileiras em operação no Brasil? Busca-se responder tal pergunta à luz da Teoria da Agência e da Teoria da Escassez de Recursos. Para tanto, foram selecionadas 42 redes de franquia estrangeiras atuantes no país e 148 redes de franquia brasileiras em atuação. Para a análise dos dados obtidos utilizou-se da a regressão logística, natureza quantitativa e do método descritivo-explicativo. Os resultados encontrados apontam para uma maior capacidade de controle e monitoramento das redes de franquias estrangeiras, maior prestígio da marca das redes de franquias brasileiras e um maior valor de taxa de investimento e de manutenção por parte das redes de franquias estrangeiras atuantes no Brasil.
Palavras-chave: Estratégias de internacionalização; Redes de franquia; Fatores internos; Comparativo.
Área de Concentração: Estratégia e seus Formatos Organizacionais.
Linha de Pesquisa: Estratégia Empresarial.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estratégia Empresarial.
Projeto de Pesquisa:A Internacionalização e Empreendedorismo em Redes de Franquias.