Autor(a): Guilherme Emerson Barrella
Orientador(a): Suzana Peres Pimentel
Data da defesa: 01/02/2012
Resumo: O uso de plantas medicinais é relevante no tratamento de várias condições inflamatórias, inclusive a doença periodontal. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da administração sistêmica de extrato bruto (EB) e do óleo essencial (OE) de C. verbenacea e da Ipomoea sp. (EB 1493; Convolvulaceae), plantas medicinais com propriedade anti-inflamatória, na periodontite induzida por ligaduras em ratos. Periodontite foi induzida em 87 ratos: um dos primeiros molares inferiores foi aleatoriamente escolhido para receber a ligadura, enquanto o mesmo molar do lado oposto foi deixado sem ligadura. Os animais foram aleatoriamente divididos nos grupos: Controle (n=34): 10ml/dia do veículo; extrato bruto de C.V (n=20): 100mg/Kg/dia de EB de C. verbenacea; óleo essencial de C.V (n=15): 100mg/Kg/dia de OE de C. verbenacea; e OE 1493 (n=18), todos via oral, por 11 dias. Posteriormente, os animais foram sacrificados e as mandíbulas submetidas à análise morfométrica. A perda óssea foi determinada nos primeiros molares inferiores (distância entre a junção amelocementária e o osso alveolar). Tanto o EB como o OE de C. verbenacea diminuíram a perda óssea alveolar (p<0,05) quando comparados ao grupo controle (1,53±0,15; 1,59±0,10; 1,71±0,11mm; para EB, OE e controle, respectivamente). Não foi demonstrada diferença (p>0.05) entre o grupo do EB e do OE (1,53±0,15; 1,59±0,10mm, respectivamente). A análise estatística pelo teste t-student não mostrou diferenças (p>0.05) na perda óssea entre os grupos controle e teste da Ipomoea sp. (1.73±0.16 mm, 1.69±0.08 mm, respectivamente). Pode-se concluir que a Ipomoea alba, embora não apresente toxicidade, não previne a perda óssea em modelo de doença periodontal experimental em ratos, mas que a administração sistêmica das 2 formulações de C. verbenacea podem diminuir a progressão da periodontite induzida.
Palavras-chave: Plantas Medicinais; Periodontite; Terapias Adjuntas.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): Gisele do Nascimento de Campos
Orientador(a): Márcio Zaffalon Casati
Data da defesa: 24/02/2012
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da terapia fotodinâmica (PDT) associada ou não à raspagem e alisamento radicular em bolsas residuais. Foi realizado um ensaio clínico controlado randomizado, cego, de boca dividida, em indivíduos que apresentassem pelo menos duas bolsas residuais em dentes unirradiculares. Os sítios selecionados foram designados para receber PDT + SRP ou SRP. Parâmetros clínicos como Profundidade de Sondagem (PS), Posição da Margem Gengival (PMG), Nível de Inserção Clínica Relativo (NICR), Sangramento à Sondagem (SS), Índice de placa (IP) e Índice de Sangramento (IS) foram avaliados no início e 3 meses após a terapia.
Os parâmetros clínicos melhoraram significativamente após ambos os tratamentos (p <0,05), enquanto maior redução da profundidade de sondagem e ganho de nível clínico de inserção foram observados no grupo PDT+ SRP aos três meses (p <0,05). Além disso, o grupo tratado pela abordagem combinada demostrou uma redução significativa no número de sítios com PS >5 mm com SS e após 3 meses (p <0,05). Desta forma, pode-se concluir que a PDT associada à raspagem e alisamento radicular possibilita benefícios clínicos adicionais para bolsas residuais em dentes unirradiculares.
Palavras-chave: Periodontite Crônica; Bolsas Residuais; Terapia Fotodinâmica; Raspagem e Alisamento Radicular.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): Juliane Almeida Abdo
Orientador(a): Suzana Peres Pimentel
Data da defesa: 24/02/2012
Resumo: O objetivo deste estudo foi determinar se a dislipidemia estaria associada à ocorrência e/ou severidade da doença periodontal crônica em pacientes diabéticos tipo 2.
Um total de 254 indivíduos, 56 diabéticos tipo 2, 67 dislipidêmicos, 74 diabéticos tipo 2 dislipidêmicos e 57 pacientes sistemicamente saudáveis foram examinados. O exame clínico incluiu as medidas de Profundidade de Sondagem (PD), Índice de Placa (PS), Sangramento à Sondagem (BP) e Nível Clínico de Inserção (CAL). Amostras de sangue foram coletadas para avaliar os níveis de hemoglobina glicosilada (HbA1c), lipoproteínas de baixa densidade (LDL), lipoproteínas de alta densidade (HDL) e triglicérides (TL). Esses parâmetros, assim como outras condições médicas (desordens da tireoide, tabagismo e índice de massa corpórea) foram considerados na Análise de Regressão Múltipla e Método Stepwise, para a análise de dados (α=5%).
Os resultados obtidos indicaram que dislipidemia não foi relacionada às doenças periodontais (p>0.05). Tabagismo e Diabetes Mellitus tipo 2 tiveram correlação estatisticamente significativa e positiva aumentando em porcentagem de sítios com PPD>3mm (p<0.05). O efeito sinérgico do tabagismo associado ao Diabetes tipo 2, aumentando as chances de doença periodontal, foi detectado. Em relação ao aumento da porcentagem de sítios com PPD>5 e 7 mm, o Diabetes Mellitus tipo 2 foi o único fator significante para as bolsas profundas. Idade, fumo e Diabetes Mellitus tipo 2 apresentaram correlação estatisticamente significante (p<0.05) em CAL>3 e 5 mm. Em CAL>7mm, somente Diabetes Mellitus tipo 2 permanece como fator de risco significante (p<0.05).
Concluiu-se que, dentro das limitações deste estudo, a dislipidemia não influencia a condição periodontal, mas idade, tabagismo e especialmente Diabetes Mellitus tipo 2 são significativamente associados à destruição periodontal.
Palavras-chave: Epidemiologia; Periodontite; Diabetes; Dislipidemia.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): Daniela Miranda Richarte de Andrade
Orientador(a): Elcio Magdalena Giovani
Data da defesa: 28/02/2012
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito coadjuvante da terapia fotodinâmica (PDT) com verde de malaquita no tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com HIV.
Sete pacientes HIV do Centro de Estudos e Atendimento de Pacientes Especiais (CEAPE) - UNIP, São Paulo, Brasil, com periodontite crônica foram incluídos neste ensaio clínico controlado duplo-cego, de boca dividida com acompanhamento de 3 meses. Os pacientes receberam tratamento periodontal com o auxílio do ultrassom em ambos os grupos. No grupo teste (PDT) receberam como coadjuvante a terapia fotodinâmica com laser de diodo, com comprimento de onda de 660 nm e 30 mW de potência associada com verde de malaquita 0,01% durante 133 segundos. Todos os parâmetros clínicos, micro e imunológicos foram avaliados no início e aos 3 meses após a terapia. ANOVA / Tukey foi utilizado para análise estatística (α = 5%).
Os resultados obtidos indicam que nenhuma diferença entre os parâmetros clínicos periodontais avaliados foi observada no início do estudo entre os dois grupos. Quando avaliados os parâmetros clínicos periodontais (PCS, REC e NIC) no baseline e 3 meses após o tratamento não houve diferença entre os períodos e grupos estudados.
Concluiu-se que a associação do tratamento periodontal mecânico com a PDT em pacientes HIV/AIDS reduziu o índice de sangramento de boca toda nos grupos teste e controle. É necessário um aumento do número de pacientes para comprovação dos dados da efetividade da PDT utilizando verde de malaquita.
Palavras-chave: HIV; Periodontite; Estudo Clínico Randomizado; Terapia Fotodinâmica.
Área de Concentração: Diagnóstico Bucal – Semiologia.
Linha de Pesquisa: Diagnóstico das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estudos aplicados a pacientes portadores de necessidades especiais.
Autor(a): Stela Tirico Auricchio
Orientador(a): Luciano Lauria Dib
Data da defesa: 28/02/2012
Resumo: Um bom entendimento sobre os fatores de risco associados ao câncer de boca é a melhor forma de prevenção e proporciona maiores chances de sobrevida aos pacientes. O presente estudo propõe-se a avaliar o conhecimento de jovens universitários entre 18 e 25 anos quanto aos fatores de risco associados ao câncer de boca, para, posteriormente, estratégias serem desenvolvidas em linguagem que facilite a captação, por parte desse grupo, das informações de proteção e prevenção. A partir dos dados obtidos, foi feita análise estatística com teste Qui-Quadrado e nível de significância estatística P < 0,00.
Resultados: um total de 20% dos entrevistados nunca ouviu falar sobre câncer de boca; em relação à sua etiologia, 43% não tinham conhecimento do consumo de álcool como fator de risco associado à doença. Nenhuma relação foi identificada entre conhecimento e gênero dos participantes.
Conclusão: de acordo com os resultados deste estudo, observa-se que o conhecimento do câncer bucal entre os jovens não é satisfatório. Por isso, é essencial aumentar o nível de conscientização do público por meio de programas educacionais.
Palavras-chave: Prevenção; Álcool , Fatores de Risco; Câncer de Boca.
Área de Concentração: Diagnóstico Bucal – Semiologia.
Linha de Pesquisa: Diagnóstico das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): Alexsandro da Silva Antão
Orientador(a): Fátima Neves Faraco
Data da defesa: 29/02/2012
Resumo: A finalidade deste estudo foi avaliar os sinais vitais (pressão arterial sistólica, diastólica, média, frequência cardíaca, saturação de oxigênio) e níveis séricos de catecolaminas endógenas (epinefrina, norepinefrina e dopamina) e plasmáticos do cortisol durante a cirurgia para colocação de implantes em pacientes hipertensos controlados, sob ação do diazepam 10mg. Doze pacientes, de 40 a 65 anos, hipertensos controlados, foram submetidos aleatoriamente, em estudo duplo-cego, a duas cirurgias para colocação de implantes em maxila ou mandíbula, sob ação do diazepam e do placebo. Os sujeitos foram monitorados nos períodos pré, trans e pós-operatórios por meio de monitor automático não invasivo para pressão arterial e frequência cardíaca, de modo contínuo, a cada 2 minutos. Os níveis de catecolaminas endógenas e cortisol foram obtidos nos períodos F0, F1, F5 e F7. O experimento foi dividido em Grupo A (placebo) e Grupo B (com sedação oral – diazepam). A análise estatística foi debatida pelo teste t-Student, ao nível de significância de 0,05. A Frequência Cardíaca (FC) foi maior no grupo A (p=0.00067) do que no grupo B, não houve diferenças entre os grupos para a FC. A Pressão Arterial Sistólica (PAS) elevou-se, no grupo A, nas fases F3 (p=0.03), F4 (p=0.01), F5 (p=0.01), F6 (p=0.01), e não apresentou diferenças entre os grupos. A Pressão Arterial Diastólica (PAD), a Pressão Arterial Media (PAM), a Saturação de Oxigênio (SPO2), a norepinefrina, a dopamina e o cortisol não apresentaram diferenças entre as fases e entre os grupos. A epinefrina aumentou no grupo A, nas fases F5 (p=0,001) e F7 (p=0,047).
Conclusão: O uso do diazepam 10 mg, uma hora antes do procedimento, controlou os parâmetros cardiovasculares de pacientes hipertensos submetidos a cirurgias de implantes.
Palavras-chave: Catecolaminas Endógenas; Estresse; Alterações Cardiovasculares; Diazepam; Cortisol.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): João Vitor Albuquerque Ribeiro
Orientador(a): Fátima Neves Faraco
Data da defesa: 29/02/2012
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações cardiovasculares durante o procedimento odontológico de pacientes hipertensos, sob a ação da prilocaína a 3% mais felipressina 0,03 UI/ml e da articaína a 4% mais epinefrina 1: 200.000. Foram selecionados 20 indivíduos, 10 hipertensos e 10 normotensos, com necessidade de 2 tratamentos restauradores similares em dentes posteriores superiores ou inferiores (molares), em lados opostos da maxila ou mandíbula. Cada paciente recebeu 2 procedimentos restauradores, e em cada um deles foi utilizado de forma aleatória o anestésico prilocaína a 3% mais felipressina 0,03 UI e articaína 4% com epinefrina 1:200.000, em dias alternados. Os indivíduos foram divididos em quatro grupos: grupo AN (pacientes normotensos anestesiados com articaína); grupo AH (pacientes hipertensos anestesiados com articaína); grupo PN (pacientes normotensos anestesiados com prilocaína), grupo PH (pacientes hipertensos anestesiados com prilocaína). Durante os procedimentos restauradores os pacientes foram monitorados nos periodos pré, trans e pós-operatórios, por meio de monitor automático não invasivo para pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio, de modo contínuo, a cada 2 minutos. Os valores da pressão arterial (sistólica, diastólica e média),da frequência cardíaca e oximetria foram obtidos nas fases: (F0) durante a avaliação do paciente sem a realização de nenhum procedimento; (F1) durante o preparo do paciente, por 15 minutos (controle); (F2) durante a anestesia; (F3) imediatamente após a anestesia ; (F4) aos 2 minutos após a anestesia; (F5) aos 4 mininutos após anestesia; (F6) durante o procedimento; (F7) ao término do procedimento; (F8) aos 10 minutos após o término. Logo após as anestesias foram aplicados os testes de sensibilidade, por meio de um aparelho de teste elétrico pulsátil para a avaliação da eficácia anestésica. A análise estatística individualizada das fases, durante os períodos pré, trans e pós-operatórios, foi avaliada pelos testes estatísticos de Análise da Variância (ANOVA) e Test t-student.
Palavras-chave: Alterações Cardiovasculares; Pacientes hipertensos; Estresse.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): Carlos Alberto Yoshihiro Takauti
Orientador(a): Celso da Silva Queiroz
Data da defesa: 29/02/2012
Resumo: O objetivo do estudo foi avaliar o processo de reparação óssea induzida por biomateriais, em calota craniana de coelhos, por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico e análise histomorfométrica. No estudo, foram utilizados cinco coelhos brancos da Nova Zelândia, com peso entre 2900 e 3500g. Houve quatro perfurações padronizadas de 8 mm de diâmetro nos ossos parietais e foram enxertados dois biomateriais de origem xenógena constituídos de osso bovino desproteinizado: Bio-Oss® e Endobon® Xenograft Granules, e um biomaterial aloplástico à base de fosfato de cálcio bifásico: Straumann®Bone Ceramic. Uma cavidade permaneceu com coágulo e foi utilizada como controle. Após o período de observação de oito semanas, a análise tomográfica mostrou que os biomateriais de origem xenógena apresentaram imagens dos defeitos ósseos com maior hiperdensidade e melhor homogeneidade, e o aloplástico com maiores irregularidades. A análise histomorfométrica mostrou que o biomaterial aloplástico apresentou, percentualmente, maior quantidade de osso neoformado (p<0,05). Os resultados mostraram que a utilização do material aloplástico pode ser efetiva em relação ao processo de formação óssea, assim como os demais biomateriais utilizados. Há a necessidade de outros estudos para se comprovar qual biomaterial é mais efetivo nesse processo, e apenas a análise tomográfica não foi suficiente para afirmar qual deles proporcionou melhor reparação óssea.
Palavras-chave: Biomaterial; Regeneração Óssea; Enxerto Xenógeno Bovino; Enxerto Aloplástico.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Aplicabilidade dos materiais odontológicos.
Autor(a): Elaine Cristina Batista Basso
Orientador(a): Luciano Lauria Dib
Data da defesa: 29/02/2012
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar e comparar o conhecimento de universitários (homens e mulheres) sobre HPV, câncer de boca e a relação entre HPV e câncer bucal. Os avaliados têm idades entre 18 e 29 anos e cursam Odontologia ou graduações não relacionadas à área da saúde.
MÉTODO: Questionários foram entregues no segundo semestre de 2011 a dois grupos de universitários: grupo O, com 150 estudantes (75 pertencentes ao curso de Odontologia da UNIP-SP, e 75 da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP), e o grupo NO, com 124 estudantes (pertencentes às demais faculdades que não integram a área de saúde do campus Indianópolis da UNIP-SP).
O questionário incluía questões sobre dados sociodemográficos, hábitos e conhecimentos a respeito de HPV e câncer oral, meios da aquisição desse conhecimento, vacinação e fatores de risco do câncer oral. As respostas dos questionários foram inseridas em um banco de dados do programa Excel. A análise estatística foi feita pelo método qui-quadrado, com significância de 95%, utilizando-se o programa Minitab® (versão 16.1).
RESULTADOS: Houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos O e NO nos itens referentes à prática de hábitos saudáveis, ao conhecimento prévio do HPV e ao desejo de receber mais informações, como percepção de risco, vias de transmissão, conhecimento da vacina e seu objetivo, assim como dados a respeito dos fatores de risco (entre eles o HPV) para o surgimento do câncer de boca. Entretanto, comparado ao NO, o grupo O não se mostrou superior em conhecimento específico.
Palavras-chave: Conhecimento; HPV; Prevenção; Câncer de Boca.
Área de Concentração: Diagnóstico Bucal – Semiologia.
Linha de Pesquisa: Diagnóstico das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): Hatsuo Kubo
Orientador(a): Cristina Lúcia Feijó Ortolani
Data da defesa: 26/07/2012
Resumo: Pacientes com deficiência na higienização bucal podem apresentar desmineralização do esmalte dental adjacente aos acessórios ortodônticos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do selante ionomérico ClinproTM XTvarnish na prevenção da desmineralização do esmalte dental ao redor do bráquete ortodôntico. Material e Método:Quarenta amostras de coroas de incisivos bovinos foram divididos em dois grupos; todos receberam bráquete ortodôntico colado na superfície vestibular. O grupo 1 com tratamento, aplicação do selante ionomérico ClinproTM XT varnish ao redor do bráquete ortodôntico, e grupo 2 sem tratamento. As amostras foram submetidos a desafio ácido por ciclagem de pH, com solução desmineralizadora por 6 horas e solução remineralizadora por 18 horas. Posteriormente, as amostras foram avaliadas pela microdureza nas distâncias de 1000 µm, 2000 µm e 3000 µm na interface, próximo da superfície a partir do bráquete. Para cada ponto da interface próximo da superfície, foram efetuadas leitura de microdureza em profundidades de 100 µm, 200 µm, 300 µm e 400 µm. Resultados:Os dados obtidos foram submetidos ao teste estatístico ANOVA e de Tukey. Todas as medidas apresentaram diferenças estatísticas para interação distância e tratamento (p=0,00), e interação profundidade e tratamento (p=0,031). Clinpro parece ter segurado a desmineralização até 2000 µm de distância do bráquete, o mesmo para valores a 1000 µm, porém os valores a 3000 µm houve uma diminuição quando comparado a 1000 µm e 2000 µm. Considerações Finais:O uso do selante ionomérico ClinproTM XT varnish mostrou-se eficiente na redução da desmineralização do esmalte dental ao redor de bráquetes ortodônticos diminuindo à medida que se afasta dos mesmos.
Palavras-chave: Selante Ionomérico; Ortodontia; Desmineralização.
Área de Concentração: Clínica Infantil-Ortodontia.
Linha de Pesquisa: Alterações Dentofaciais: diagnóstico, prevenção e tratamento.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estudos aplicados à ortodontia e ortopedia facial.
Autor(a): Luiz Fernando Scalli Mathias Duarte
Orientador(a): Luciano Lauria Dib
Data da defesa: 27/07/2012
Resumo: Bifosfonatos são drogas que apresentam atividade osteoclástica e antiangiogênica utilizadas no tratamento de doenças que afetam o metabolismo ósseo, como a osteoporose e metástases ósseas. Desde 2003, um efeito adverso chamado “Osteonecrose dos maxilares por bifosfonatos” (OMB) tem sido relatado; os mecanismos associados à sua ocorrência e evolução ainda não são completamente conhecidos.
O objetivo do presente estudo foi avaliar retrospectivamente prontuários de pacientes com lesões orais tratados na Clínica de Estomatologia do curso de Odontologia da Universidade Paulista (UNIP) da cidade de São Paulo, no período compreendido entre janeiro de 2004 e dezembro de 2011, em busca de pacientes portadores de OMB, com ênfase na identificação de fatores relacionados ao aparecimento e à evolução da doença.
Dentre os 2342 prontuários avaliados, 13 casos corresponderam aos objetivos do estudo, sendo 12 do sexo feminino. Nove casos utilizavam a droga em decorrência de metástases de câncer de mama, um de câncer de próstata e três por osteoporose. Dez eram usuários de bifosfonatos intravenosos e três faziam uso oral da droga. Oito casos ocorreram em mandíbula, quatro em maxila, e um em mandíbula e maxila. Os 13 pacientes apresentavam estágio II da doença no diagnóstico. Sete casos ocorreram após extrações dentárias, dois após fixação de implantes, dois espontaneamente e dois em pacientes que apresentavam doença periodontal. Seis pacientes realizaram a dosagem de CTX, observando-se em três deles alterações com a interrupção da medicação. O tratamento cirúrgico foi realizado em dez pacientes, sendo que em 6 deles houve associação ao PRP. Três pacientes tratados conservadoramente apresentaram boa evolução no tratamento. A cura da OMB ocorreu em quatro casos, seis regrediram para o estágio I e três mantiveram-se em estágio II. Em oito pacientes, houve a interrupção temporária do uso da droga, não sendo observada relação com a evolução do tratamento. Sete pacientes foram reabilitados após o tratamento, sendo cinco deles por meio de próteses parciais removíveis, um mediante prótese total e um com prótese sobre implante do tipo overdenture.
Diante das diversas controvérsias que ainda existem na literatura, torna-se necessária a realização de novos estudos multi-institucionais sobre o assunto e fica patente a importância dos cursos de graduação de Odontologia na formação de cirurgiões-dentistas preparados para intervir em equipes multiprofissionais na área.
Palavras-chave: Osteonecrose; Maxilares; Bifosfonatos.
Área de Concentração: Diagnóstico Bucal – Semiologia.
Linha de Pesquisa: Diagnóstico das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): Ricardo Matsura Kodama
Orientador(a): Cintia Helena Coury Saraceni
Data da defesa: 30/07/2012
Resumo: O objetivo deste estudo é avaliar a influência da clorexidina, quando aplicada previamente aos procedimentos adesivos, sobre a microinfiltração de restaurações, fixadas por meio de adesivos dentinários de duas gerações.
No que toca a quesitos como material e método, foram utilizados 40 molares humanos, que receberam, nas faces vestibular e lingual, preparo de classe V, com dimensões de 3x3x2mm, com parede cervical localizada a 2mm do limite amelocementário. Após a realização dos preparos, as amostras foram divididas aleatoriamente em quatro grupos (n=20). G1: FL - condicionamento ácido + OptiBond® FL; G2: CHX + FL - condicionamento ácido + digluconato de clorexidina S + OptiBond® FL; G3: AlO - OptiBond® All-in-One; G4: CHX + AlO - digluconato de clorexidina S + OptiBond® All-in-One. Todos os dentes foram restaurados com a resina composta Z350® e, após termociclagem (10000 ciclos - 5/55°C, por 30 segundos cada banho), foram submetidos ao teste de microinfiltração. As avaliações foram realizadas por 3 examinadores cegos e os resultados foram submetidos à análise estatística por meio dos testes Kruskal-Wallis e Mann-Whitney.
Nos resultados, não houve diferença estatística entre G1 (FL) X G2 (CHX + FL) e G3 (AlO) X G4 (CHX + AlO). No entanto, foram observadas diferenças estatísticas entre (G1 - G2 = FL) X (G3 - G4 = AlO), independentemente do uso de clorexidina. O adesivo self-etching mostrou maiores valores em microinfiltração.
É possível concluir que, mesmo com a limitação deste trabalho in vitro, a clorexidina não interferiu na microinfiltração de ambas as estratégias. Os adesivos self-etch demonstraram pior desempenho, apresentando valores muito altos de microinfiltração.
Palavras-chave: Microinfiltração; Clorexidina; Estratégias Adesivas.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e Tratamento das Doenças do Sistema Estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Aplicabilidade dos materiais odontológicos.
Autor(a): Monique Alves Delazari
Orientador(a): Maristela Dutra-Correa
Data da defesa: 31/07/2012
Resumo: O propósito deste estudo é avaliar a influência da clorexidina (CHX) na resistência adesiva à microtração (μTBS), quando aplicada, previamente, a procedimentos adesivos. O estudo testa três hipóteses que se mostraram nulas: 1 – a utilização da CHX não influencia a resistência adesiva à microtração imediata; 2 – a utilização da CHX não influencia a resistência adesiva à microtração após a TC, quando comparamos estes grupos aos respectivos grupos termociclados sem CHX; 3 – a utilização da CHX não influencia a resistência adesiva à microtração após a TC, em comparação com os respectivos grupos sem CHX e sem TC. Trinta e dois terceiros molares extraídos foram utilizados. A porção oclusal do dente foi removida, com o propósito de expor a dentina, e a smear layer foi padronizada. Os dentes foram, aleatoriamente, distribuídos em 8 grupos: G1:OptiBond FL (FL); G2:CHX+FL; G3:OptiBond All-in-One (AIO); G4:CHX+AIO; G5:FL+TC; G6:CHX+FL+TC; G7:AIO+TC; G8:CHX+AIO+TC. Todos os dentes foram restaurados com uma resina composta. As amostras foram seccionadas em duas direções perpendiculares, para a obtenção de palitos com área seccional de 0,7± 0,2 mm2. Os palitos foram testados em uma máquina de ensaio universal, com velocidade de 1 mm/min. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e ao Tukey’s post-hoc test (p<0,05). Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos G1XG2 ou G3XG4. Houve diferença estatisticamente significante nas seguintes comparações: G5XG6 e G1XG6. O G8 sofreu descolamento espontâneo e, por isso, não foi possível obter o número de palitos suficientes, o que comprometeu o teste. Concluiu-se que a utilização do digluconato de clorexidina 2% (CHX) antes dos procedimentos adesivos não influencia a resistência adesiva à microtração imediata de nenhum adesivo (etch-and-rinse – FL, ou self-etch – AIO); entretanto, influencia o desempenho de ambos após a TC.
Palavras-chave: Clorexidina; Microtração; Adesivos Dentinários.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e Tratamento das Doenças do Sistema Estomatognático.