Autor(a): Felipe Fonseca Girlanda
Orientador(a): Profa. Dra. Suzana Peres Pimentel
Data: 23/02/2023
Resumo: Este ensaio clínico randomizado, cego, de boca dividida teve como objetivo avaliar o impacto de diferentes macrogeometrias e nanototopográficas nos parâmetros peri-implantares em fumantes. Trinta e dois pacientes que fumavam pelo menos 10 cigarros/dia, com necessidade de implante único maxilar ou mandibular bilateralmente, receberam dois implantes distribuídos aleatoriamente em dois grupos: DA – Implantes duplos gravados com ácido (n=32); HCAN – câmaras de cicatrização e nanosuperfície ativada (n=32). Todos os implantes foram instalados em uma única etapa e, após 3 meses, receberam reabilitações com próteses unitárias aparafusadas. Índice de placa (PI), sangramento à sondagem (BoP) e profundidade de sondagem peri-implante (PD) foram avaliados nos tecidos peri-implantares no início (quando os implantes foram inseridos), 15 dias após a instalação do implante e 6 e 12 meses após a prótese instalada. Níveis de fator transformador de crescimento beta (TGF-β), Interferon-gama (IFN-γ), Fator de Necrose Tumoral-alfa (TNF-α), Interleucina 6 (IL-6), 17 (IL-17) e Interleucina- 10 (IL-10) e 4 (IL-4) foram quantificados no mesmo período. Além disso, o nível ósseo foi medido imediatamente após a carregamento do implante e 6 e 12 meses depois. Os implantes DA apresentaram maior PD, PI e BoP do que HCAN, no período de 6 e 12 meses (p<0,05). Os implantes DA apresentaram maior perda óssea do que os implantes HCAN, ao longo do tempo do estudo (p<0,05). A alteração óssea desde o início até 6 meses e desde o início até 12 meses foi maior nos implantes DA, com perda óssea ao longo do tempo (p<0,05). Nenhuma diferença estatisticamente significativa foi encontrada nos níveis de marcadores inflamatórios entre os grupos (p>0,05). Em conclusão, este estudo mostrou que os implantes HCAN em pacientes fumantes demonstraram menor perda óssea e melhores parâmetros clínicos do que os implantes DA. No entanto, as modificações macro e microgeométricas não modulam os biomarcadores inflamatórios.
Palavras-chave: Macrogeometria. Implantes. Fumantes.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das condições do sistema estomatognático.
Autor(a): Pedro Henrique Faria Denofrio
Orientador(a): Prof. Dr. Fabiano Ribriero Cirano
Data: 24/02/2023
Resumo: Peri-implantite é uma doença inflamatória caracterizada pela perda óssea patológica e progressiva ao redor dos implantes. Ela apresenta como fator etiológico o biofilme bacteriano acumulado ao redor dos implantes. Sugere-se que um processo de disbiose e consequente desequilíbrio na homeostase nos tecidos peri-implantares esteja associado com seu início. O objetivo deste estudo foi investigar as diferenças no biofilme peri-implantar em implantes com saúde e com peri-implantite. Foram selecionados pacientes com implantes saudáveis (n=15) e pacientes com peri-implantite (n=18). Biofilme da região submucosa foi coletado com cones de papel absorvente. O DNA bacteriano foi extraído e a região 16S rRNA foi sequenciada utilizando a plataforma Illumina MiSeq. Os dados foram analisados utilizando ferramentas de bioinformática. Não foi observada diferença estatisticamente significante entre os grupos para a diversidade alfa pela métrica de Shannon (p>0,05). Entretanto, observou-se diferenças marcantes na diversidade beta (métrica Bray-Curtis), e sítios com saúde peri-implantar e peri-implantite apresentaram comunidades microbianas distintas (p<0,05). Adicionalmente, 51 espécies foram diferencialmente abundantes entre os grupos (p<0,05), sendo 27 delas mais abundantes em implantes doentes, entre elas Filifactor alocis, Porphyromonas gingivalis, Lactobacillus gasseri, Lactobacillus paracasei, Actinomyces israelli, Actinomyces naeslundii e Staphylococcus spp. Em conclusão, implantes com saúde peri-implantar ou com peri-implantite apresentam comunidades microbianas distintas, sendo que espécies mais patogênicas foram identificadas na peri-implantite.
Palavras-chave: Peri-implantite; Microbioma; Implantes; Disbiose.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das condições do sistema estomatognático.
Autor(a): Daniela Lattuf Cortizo
Orientador(a): Prof. Dr. Luciano Lauria Dib
Data: 03/03/2023
Resumo: Objetivo: A proposta do presente estudo foi investigar os perfis microbiológico, proteômico e a resposta imunológica dos pacientes, na pele ao redor dos implantes extraorais, utilizados para a retenção de próteses faciais, nas condições de saúde e doença. Métodos: Foram selecionados para o presente estudo 12 pacientes de acordo com os critérios descritos por Holgers et. al.1988, para coleta de amostras na região transcutânea de pilar e implante, sendo um em condição de saúde (graus 0 e 1) e outro de doença (graus 2,3 e 4). No total 24 amostras foram coletadas, sendo 12 no grupo Doença e 12 no grupo Saúde. Foi avaliado o perfil microbiológico das amostras, por meio da extração de DNA e sequenciamento. Para este estudo, foi utilizado o primer 16S pela Illumina Miseq 2x250bp, e selecionada a região V3-V4 do gene. As análises foram feitas por meio de ferramentas de bioinformática, (QIIME2-2020, arquivos FASTQ desmultiplexados, METAGENOm, BIOsource, EBio), para a identificação bacteriana. Foi realizada a análise proteômica por meio da cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (UHPLC-MS/MS), e as análises estatísticas, utilizando-se o software Metaboanalyst. Resultados: Os resultados do microbioma identificaram diversidade alfa e beta na comunidade microbiana nos dois grupos, sendo que no grupo doença houve abundância de Streptococcus Intermediuns, Corynebacterum Diphtheriae e Prevotella Bivia em relação ao grupo saúde. A análise proteômica evidenciou uma diferenciação de proteínas entre os dois grupos, sendo maior riqueza e abundância no grupo saúde em relação ao grupo doença. Conclusão: A investigação dos perfis estudados demonstrou diferenças entre os grupos no microbioma e proteoma que podem responder questões relativas à diferença de comportamento clínico e que impactam o sucesso da reabilitação. O crescimento bacteriano em abundância e diversidade no grupo doença foi um fator evidente, responsável pela diferenciação dos grupos, relacionado ao ponto específico de diferenciação das proteínas entre os grupos e influenciando diretamente na resposta imunológica dos pacientes. Novos estudos com maior amostragem devem ser realizados para correlacionar o impacto desses achados nas condições periimplantares e sucesso da osseointegração.
Palavras-chave: Implantes extraorais, 16S RNA, microbioma, proteoma, reabilitação facial.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das condições do sistema estomatognático.
Autor(a): Marina Štruncová Fernandes
Orientador(a): Profa. Dra. Maristela Dutra-Corrêa Bomfim
Data: 07/03/2023
Resumo: Objetivo: Avaliar as propriedades físico-mecânicas e antimicrobianas de um adesivo experimental formulado com diferentes concentrações de nanopartículas de prata (AgNP).
Material e método: um adesivo experimental contendo 14% em peso de hidroxietilmetacrilato (HEMA), 30% de dimetacrilato de tetraetilenoglicol (TEEGDMA), 50% de dimetacrilato etoxilado de bisfenol A (BisEMA), 1,34% de benzoato de dimetilamina (EDAB) e 0,66% de canforoquinona (CQ) foi formulado dos grupos experimentais após a adição de nanopartículas de prata: 0 ppm (grupo controle), 125 ppm, 250 ppm e 500 ppm. Espécimes em formato de disco (5 mm x 1 mm) foram submetidos às análises de sorção e solubilidade, avaliação de cor, contagem de unidades formadoras de colônia imediata e após envelhecimento em água, e liberação iônica, enquanto amostras em formato de bloco retangular (25 mm x 2 mm x 2 mm) foram confeccionadas e analisadas quanto à resistência à flexão imediata e pós envelhecimento e microscopia eletrônica de varredura. Também foram analisados o grau de conversão e a mínima concentração inibitória para S. mutans. Resultados: Não houve diferença estatística entre os grupos para as análises de grau de conversão, sorção e solubilidade. A resistência à flexão foi semelhante para os grupos do mesmo tempo, no entanto, os valores após envelhecimento foram significantemente maiores que os imediatos. A contagem de unidades formadoras de colônia dos grupos experimentais foi semelhante ao controle (0 ppm), ainda que diferença estatística tenha sido encontrada entre os grupos imediatos 125 ppm e 500 ppm. Conclusão: De modo geral, a adição de nanopartículas não interferiu nas propriedades físico-mecânicas do material, com exceção da cor, que foi significantemente alterada. Além disso, o armazenamento em água por 8 semanas elevou os valores de resistência flexural. E apesar de 7,81 ppm de AgNPs terem sido suficientes para inibir o crescimento bacteriano, o efeito antimicrobiano proporcionado após a adição das nanopartículas ao adesivo experimental não foi suficiente para reduzir significantemente a viabilidade bacteriana.
Palavras-chave: Nanopartícula multifuncional; polimerização;solubilidade;resistência flexural; módulo de elasticidade; íons; Streptococcus mutans.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção, terapêutica e materiais relacionados às condições do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Pesquisa em biomateriais odontológicos.
Autor(a): Cristiane Caram Borgas Alves
Orientador(a): Profa.Dra. Cristina Lúcia Feijó Ortolani
Data: 23/08/2023
Resumo: As doenças bucais são um problema de saúde pública bastante conhecido e ainda muito prevalente na população de uma forma geral. Sua ocorrência já foi exaustivamente relacionada à diminuição da qualidade de vida dos indivíduos afetados, bem como de seus cuidadores. A importância do tratamento preventivo também é consagrada e notavelmente eficaz, sendo os projetos baseados na educação e motivação do paciente essenciais para esse tipo de abordagem. A avaliação da literacia em saúde bucal fornece informações que permitem processar e compreender a presença de lacunas no conhecimento básico de saúde por parte dos pacientes e, a partir da sua análise, traçar ações de prevenção e promoção de saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto de dois diferentes recursos educacionais no nível de literacia em saúde bucal de adolescentes de 12 a 14 anos. A amostra (n = 166) foi dividida em 4 grupos: Grupo 1 (G1, n = 45) recebeu orientação de higiene bucal na forma de palestra educacional; Grupo 2 (G2, n = 44) participou de um jogo interativo educacional, Grupo 3 (G3, n = 44) recebeu orientação de higiene bucal na forma de palestra educacional seguida do jogo interativo educacional, e grupo controle (G4, n = 33), que não recebeu intervenções educacionais. A literacia da amostra foi mensurada através da ferramenta BREALD-30 em t0 e t1 (2 semanas após a aplicação das medidas de promoção de saúde). O estudo mostrou que todas as medidas educativas foram eficazes em aumentar o escore de literacia da amostra, sendo que a aplicação da palestra educacional seguida do jogo foi a que demonstrou maior aumento no escore.
Palavras-chave: educação em saúde bucal, condições bucais, recursos educacionais, literacia em saúde bucal, promoção da saúde.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Análise de dados na área de saúde coletiva em odontologia.
Autor(a): Ingrid Franco Delgado
Orientador(a): Profa.Dra. Cristina Lucia Feijó Ortolani
Data: 30/08/2023
Resumo: A doença cárie e alterações nutricionais, como sobrepeso e obesidade, são problemas de saúde pública com alta prevalência, acometendo principalmente crianças a partir dos cinco anos. A causa dessas doenças é de etiologia multifatorial, por isso elas podem partilhar fatores de risco comuns, como hábitos de dieta (especialmente com alta ingestão de açúcares), nível socioeconômico e comportamentos familiares. Este estudo transversal observacional, realizado em uma amostra de 497 escolares com idades entre cinco e oito anos, desenvolvido em São Paulo e Fortaleza, teve como objetivo avaliar a associação da doença cárie com estado nutricional, hábitos de dieta, comportamentos sedentários e fatores de ambiente familiar. A coleta de dados em campo ocorreu em ambiente escolar por meio de medidas, exames físicos e questionários respondidos pelos pais ou responsáveis. Nessas visitas foram avaliados: fatores sociais, ambientais e familiares; quantidade de alimento ingerido; preferências e escolhas alimentares; atividade física e comportamentos sedentários; composição corporal, biomarcadores de saúde cardiovascular e saúde bucal. Para observação dos dados, utilizamos análises descritivas, regressão logística univariada, regressão logística múltipla (para as variáveis que apresentaram p<0,20 na univariada) e análise de resíduos. Os resultados mostraram que as variáveis que explicaram a doença cárie foram frequência de escovação, idade da criança, nível socioeconômico e nível de escolaridade da mãe. Não houve associação da doença cárie com o tempo sedentário e o estado nutricional da criança. Assim, foi possível concluir que hábitos de higiene e fatores socioeconômicos e familiares (nível de escolaridade da mãe e classe social) têm impacto no desenvolvimento da doença cárie; já estado nutricional e aumento do tempo sedentário não puderam ser associados.
Palavras-chave: Cárie dentária. Estado nutricional. Comportamento sedentário. Dieta. Fatores socioeconômicos.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção, terapêutica e materiais relacionados às condições do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estudos aplicados à ortodontia e ortopedia facial.
Autor(a): Rogério Salinas Ferreira
Orientador(a): Profa.Dra. Denise Carleto Andia
Data: 21/11/2023
Resumo: Este estudo in vitro e in silico teve como objetivo investigar os mecanismos epigenéticos que regulam o perfil (pós)transcricional dos fatores de transcrição (TFs) osteogênicos Sp7 Transcription Factor (SP7) e Distal-Less Homeobox 4 (DLX4), além da correlação de expressão gênica entre a histona desmetilase JARID1B e o TF osteogênico Runt-related transcription factor 2 (RUNX2), em células mesequimais do ligamento periodontal humano com alta (h-PDLCs) e baixa (l-PDLCs) capacidade de deposição mineral. As populações celulares foram cultivadas em meios de cultura com e sem indução osteogênica (OM e DMEM, respectivamente), durante os períodos de 3 e 10 dias. Após cada período de cultura celular, foram realizadas as extrações do DNA, RNA e proteínas, sendo esse material obtido submetido às técnicas de ATAC-seq, Metiloma, RNA-seq, PCR e Western-Blotting. Os dados foram processados e analisados por programas e ferramentas de bioinformática baseados em ambientes R, Python e webserver. As análises do ATAC-seq apontaram as regiões genômicas de SP7 e DLX4 mais acessíveis nas l-PDLCs quando comparadas às h-PDLCs. Nas análises do Metiloma, esses TFs apresentaram padrões de metilação diferentes entre si, mas sem sondas diferencialmente metiladas (DMPs) entre l- e h-PDLCs. O padrão de metilação da JARID1B foi menor nas l-PDLCs, em ambos os períodos avaliados (3 e 10 dias). As análises de RNA-seq mostraram SP7 e DLX4 diferencialmente menos expressos nas l-PDLCs, tanto no DMEM quanto no OM. Os RNAs longos não codificantes (lncRNAs) MIR31HG e LINC00939 foram achados diferencialmente mais expressos em ambas as condições de l-PDLCs. O programa de predição RIblast, baseado no webserver LncRRIsearch, previu interações de pareamento de bases (RNA:RNA) entre transcritos de SP7, DLX4, MIR31HG e LINC00939. O programa de aprendizado de máquina TriplexFPP previu potencial de formação triplex (DNA:RNA) para SP7 e para LINC00939. Os resultados de PCR e Western-Blotting mostraram níveis aumentados de JARID1B nas l-PDLCs (x h-PDLCs), com correlações negativas de expressão com RUNX2. Juntos, esses resultados indicam a histona desmetilase JARID1B e os lncRNAs MIR31HG e LINC00939 como possíveis reguladores epigenéticos no comprometimento osteogênico das l-PDLCs.
Palavras-chave: Epigenética; Osteogênese; Células-Tronco Mesenquimais; Ligamento Periodontal
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das condições do sistema estomatognático
Autor(a): Hamilton Navarro Jr
Orientador(a): Prof. Dr. Luciano Lauria Dib
Data: 19/12/2023
Resumo: Implantes craniofaciais são utilizados para retenção e estabilidade de próteses faciais promovendo melhora na qualidade de vida dos pacientes. Foram desenvolvidos como parafusos curtos de formato cilíndrico e com uma aba em seu perímetro cervical para gerar suporte e evitar a intrusão acidental, pois são utilizados em regiões de pouca quantidade e qualidade óssea.
Por razões econômicas e de mercado, outros tipos de implantes utilizados na área dental, com formato cônico e sem aba passaram a ser utilizados na região craniofacial, contudo não foram apresentados estudos que avaliem o risco de intrusão e o papel da macroestrutura na resistência a forças verticais. A proposta deste estudo foi comparar a resistência à intrusão de dois tipos de implantes submetidos à carga vertical, em blocos de poliuretano que simulam dois tipos de osso, I e IV. Foram criados dois grupos (G) sendo que o G1 contou com 20 implantes originalmente desenvolvidos para uso dental, de corpo cônico de conexão externa HE, plataforma 4.1 padrão Brånemark, medindo 4.0 mm de diâmetro por 5.0 mm de comprimento, produzidos pela empresa Implacil De Bortoli, São Paulo, Brasil. O G2 contou com 20 implantes desenvolvidos para uso craniofacial, de corpo cilíndrico com a aba em seu perímetro cervical, de conexão externa HE, plataforma 4.1 padrão Brånemark, medindo 4.0 mm de diâmetro por 5.0 mm de comprimento, produzidos pela empresa Conexão Sistema de Prótese, São Paulo, Brasil. Os implantes foram instalados em 10 blocos de poliuretano, sendo que em cada bloco simulava a densidade dos ossos tipo I e IV com densidade de 40 PCF e 15 PCF respectivamente, havendo uma camada comum de 1mm, de osso tipo I, de forma a simular uma fina cortical. Em cada bloco de poliuretano foram instalados 4 implantes, sendo 2 implantes de cada grupo, em cada tipo por densidade, totalizando 40 implantes. Sobre cada implante, foram instalados pilares mini cônicos e suas respectivas capas de cicatrização. Cada implante recebeu carga compressiva vertical por meio da máquina de ensaio Kratos (2000 RK, Kratos - São Paulo, Brasil) iniciando em 100N/F, de forma crescente, até que houvesse um evento de deslocamento apical máximo de 6mm ou a máquina de ensaio atingisse 950N/F.
Os resultados demonstraram que os implantes de ambos os grupos se deslocaram nos dois tipos de densidades ósseas. No osso tipo I no G1, a média de força para intrusão foi de 763,61N com mediana de 761,99N e no G2, a média da força foi de 839,27N com mediana de 881,39 (valor de p=0,0160). No osso tipo IV no G1, a média de força para intrusão foi de 483,94 com mediana 494,02 e no G2, a média da força foi de 544,57 com mediana de 551,39 (valor de p=0,0160). Diante dos limites do estudo, especialmente pela condição de não osseointegração, os resultados permitem concluir que houve intrusão em cargas elevadas e mais significantemente em osso de menor densidade, sendo que o os implantes com padrão craniofacial, (G2) necessitaram de maior carga em ambos os tipos de osso estudado.
Palavras-chave: Implantes Craniofaciais; Proteses Faciais; Reabilitação buco maxilo facial; Implantes cônico curtos.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das condições do sistema estomatognático
Autor(a): Alessandra Sayuri Tuzita
Orientador(a): Prof. Dr. Alfredo Mikail Melo Mesquita
Data: 20/12/2023
Resumo: O objetivo do presente estudo é avaliar a taxa de sobrevivência, a estabilidade de cor e o desgaste de superfície de próteses fixas unitárias confeccionadas de metalocerâmica (MC) e de zircônia monolítica (MZ), no prazo de 36 meses. Foram selecionados 20 pacientes com necessidade de duas coroas totais unitárias em dentes posteriores. As coroas foram avaliadas quanto às variáveis: taxa de sobrevivência, estabilidade de cor por análise em espectrofotômetro de ΔE*, ΔL*, Δa*, Δb* (VITA EasyShade®); e desgaste da superfície das coroas e antagonistas, por meio da análise comparativa de STLs (Standard Triangle Language), obtidos por meio dos escaneamentos digitais intraorais (3Shape TRIOS®), mensurados no software digital 3D (Autodesk® MeshMixer), nos tempos 0 (baseline – momento da instalação), 6, 12, 24 e 36 meses. A normalidade dos erros foi analisada pelo box-plot, gráfico quantil-quantil e o teste de Shapiro-Wilks. Para a variável alteração de cor, foi realizada a análise de Post box de Bonferroni. Para a variável dependente desgaste de superfície aplicou-se o teste t-pareado. Utilizou-se o programa SAS adotando a<0,05. Ambos os grupos apresentaram sobrevivência de 100%. A análise de Post box de Bonferroni demonstrou que não houve diferença estatisticamente significativa na comparação dos tempos analisados. O grupo MC apresentou médias de ΔE*, ΔL*, Δa* e Δb* estatisticamente superiores quando comparados às médias do grupo MZ, independentemente do tempo. Quanto ao desgaste de superfície das coroas e dos dentes antagonistas, os resultados demonstraram não ter havido diferença significativa entre os grupos, em nenhum dos locais analisados. Conclui-se que, ao longo do tempo, não houve diferença entre os dois tipos de próteses nos quesitos sobrevivência, estabilidade de cor, e desgaste de superfície das coroas e dos antagonistas.
Palavras-chave: Prótese Dentária; Restaurações Metalocerâmicas; Zircônia Monolítica; Taxa de Sobrevivência; Estabilidade de Cor; Desgaste de Superfície.
Linha de Pesquisa: Prevenção, terapêutica e materiais relacionados às condições do sistema estomatognático.
Autor(a): Maria Eugenia Zanata Milleo
Orientador(a): Profa. Dra. Cintia Helena Coury Saraceni
Data: 20/12/2023
Resumo: Objetivo: Avaliar os efeitos da irradiação do laser de pulsos ultracurtos sobre as propriedades superficiais e a resistência à flexão da zircônia high translucent (YTZP high translucent), antes e após o envelhecimento (e).
Método: Discos de zircônia Y-TZP High Translucent - IPS e.max® ZirCAD Prime - Ivoclar Vivadent (12 mm x 1,1 mm, ± 0,2 mm) foram divididos em 8 grupos (n=21), de acordo com o tratamento e envelhecimento: GC/ GC-e: sem tratamento; GAl / GAl-e: jateamento com Al2O3 , 50 m; GSil / GSil-e: silicatização; GL/ GL- e: irradiações com laser de pulsos ultracurtos de 25 femtossegundos (fs) e energia máxima de 800 µJ, centrados em 785 nm com largura de banda de 40 nm (FWHM), em um trem de pulsos com taxa de repetição máxima de 4 kHz e fator M2<2. Esses grupos foram duplicados e submetidos a envelhecimento. As superfícies foram avaliadas por meio de microscopia eletrônica de varredura e, após cimentação, foram submetidas ao teste de flexão biaxial, seguido de fractografia e análises de Weilbull. Testes estatísticos foram aplicados.
Resultados: A combinação tratamento e envelhecimento causou mudança significativa na resistência à flexão, porém de forma diferente entre os tratamentos. Os tratamentos com óxido de alumínio e sílica mostraram comportamentos estatisticamente semelhantes entre si, superiores ao laser. Após o envelhecimento, o grupo que recebeu o tratamento com óxido de alumínio apresentou a menor média de resistência à flexão, seguida do controle. O tratamento com sílica apresentou a maior média de resistência sendo estatisticamente superior as demais médias. O laser foi o grupo que apresentou a segunda maior média entre os tratamentos. De modo geral, nas imagens de fractografia, a camada de cimento apresentou espessura diferente entre os grupos e o tipo de fratura foi dependente desses defeitos provavelmente resultantes de falta de padronização na confecção das amostras.
Conclusão: A irradiação com o laser em regime de femtosegundos promoveu alterações na superfície da zircônia que poderiam favorecer a interação com o cimento resinoso e devido ao resultado mecânico apresentado pelas amostras, principalmente após o envelhecimento, pode ser considerada uma opção para tratamento da superfície da zircônia Y-TZP High Translucent.
Palavras-chave: Pzircônia; Y-TZP; laser; jateamento; silicatização; tratamento de superfície; resistência à flexão
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das condições do sistema estomatognático
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Aplicação do laser na área da saúde
Autor(a): Mounir Colares Mussi
Orientador(a): Profa. Dra. Mônica Grazieli Corrêa
Data: 22/12/2023
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da cafeína e da nicotina, bem como a sua associação na biomecânica e na osseointegração de implantes inseridos em tíbias de ratos. Para tanto, foram utilizados 40 ratos Wistar machos, divididos em 4 grupos: 1- Grupo placebo (N=10): água destilada; 2- Grupo nicotina (N=10): aplicação de nicotina 1,67 mg/kg; 3- Grupo cafeína (N=10): cafeína na dose de 30 mg/kg; 4- Grupo cafeína + nicotina (N=10): cafeína na dose de 30 mg/kg e aplicação de nicotina 1,67 mg/kg. A água destilada e cafeína foram administradas via gavagem, diariamente, por duas semanas previamente às cirurgias para instalação dos implantes e permaneceram até o final do experimento. A nicotina foi administrada por meio de injeção intraperitoneal durante o mesmo período. Os animais foram submetidos à instalação de implantes de titânio (um em cada uma das tíbias - Dia 0). A eutanásia ocorreu no 30º dia após a instalação dos mesmos. Após a eutanásia, em uma das tíbias foi realizada a análise de torque reverso e a outra foi coletada para a análise histomorfométrica do preenchimento ósseo dentro da área das roscas dos implantes (BAFO) e do contato direto osso-implante (BIC). Observou-se menores valores de torque reverso para o grupo NIC+CAF, comparado aos grupos NIC e CAF isolados (p<0.05). Em relação ao BAFO, observou-se que NIC+CAF apresentou as menores porcentagens (p<0.05). Quanto ao BIC, verificou-se que o grupo CAF e CAF+NIC apresentaram menores porcentagens, quando comparado a NIC (p<0.05). Pode-se concluir que a associação de cafeína e nicotina influencia negativamente a biomecânica e a osseointegração de implantes, reduzindo a resistência ao torque de remoção, bem como o preenchimento da área das roscas e o contato direto osso-implante. Além disso, a cafeína isoladamente influenciou negativamente no contato direto osso-implante, de forma semelhante à associação das duas substâncias.
Palavras-chave: Cafeína; Nicotina; Implante dental; Osseointegração.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das condições do sistema estomatognático