Teses Defendidas - 2012

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Patologia Ambiental e Experimental

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Patologia Ambiental e Experimental da UNIP é nota 5 na CAPES
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Título: A administração no 18º dia da gestação de ratas de lipopolissacarídeo (LPS) modifica a interação materno-filhote da geração parental e das gerações F1 e F2

Autor(a): Sandra Heloisa Nunes Whitaker Penteado
Orientador(a): Maria Martha Bernardi
Data da tese: 07/11/2012

Resumo: Foram estudados os efeitos da administração de LPS no 18° dia de gestação (DG) de ratas na interação materno-filhote das gerações parental, F1 e F2. Para tanto, ratas prenhes receberam no DG18 100 µg/Kg da endotoxina ou seu veículo (geração parental - P) e foram observados os comportamentos de recolher dos filhotes, maternal e maternal agressivo. Na geração F1 foi avaliada a preferência olfatória ao odor materno na infância e, após a administração de uma dose adicional de LPS no dia 21 da lactação, observou-se a atividade geral da prole masculina da geração F1 e os níveis séricos de TNF-α. Quando adultas, as ratas da geração F1 foram cruzadas com ratos sem qualquer tratamento e observados os seus comportamentos ligados ao cuidado maternal. Na geração F2, testou-se a preferência olfatória ao odor materno e na idade adulta sua atividade geral em campo aberto e no teste de ansiedade, o labirinto em cruz elevada.
Os resultados mostraram que, em relação ao grupo controle, a geração parental apresentou facilitação no comportamento maternal e redução no comportamento maternal agressivo. Na prole masculina da geração F1, verificou-se que os animais de mães tratadas com a endotoxina tiveram menor preferência ao odor materno e redução nos níveis de TNF-α. Na atividade geral, os filhotes das ratas cujas mães receberam o LPS não apresentaram alterações se comparados àquela dos animais do grupo controle.
Na geração F1, após cruzamento e na lactação, verificou-se aumento da latência para assumir a posição maternal do comportamento maternal e do número e latência para os ataques do comportamento maternal agressivo.
Na geração F2 observada na infância, a preferência olfatória ao odor materno não foi modificada, mas o número de filhotes indiferentes a esse odor do grupo experimental foi maior do que daquele do grupo controle. Na idade adulta, estes ratos apresentaram menores índices de ansiedade. Concluiu-se que a exposição no 18° dia da gestação ao LPS atua como um imprinting, que interfere na programação da interação mãe-filhote de duas gerações.

Palavras-chave: LPS; Comportamento Maternal; Agressão Materna; Preferência Olfatória; Epigenética.
Área de Concentração: Patogenia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.