Comunicação, Estudos Culturais e Interseccionalidades

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Comunicação

Ementa

Estudos Culturais numa perspectiva histórica: Birmingham e o CCCS (Inglaterra); comunicação, cultura de massas, cultura popular; o papel do cotidiano. Leituras gramscianas: o conceito de hegemonia para pensar a cultura. Estudos Culturais Latino-americanos: J Martin Barbero e N. Garcia Canclini, mediações e hibridismos; George Yudice: usos da cultura e performatividade. A questão das identidades: multiculturalismo, interculturalidade, representação e resistência. Comunicação e a cultura como conformadoras do mundo contemporâneo: fluxos locais/globais, cultura de consumo, cosmopolitismos. Perspectivas pós-coloniais e decoloniais. Estudos Culturais e Interseccionalidades.

Bibliografia

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.
ALBÁN ACHINTE, Adolfo. Prácticas creativas de re-existencia: más allá del arte… el mundo de lo sensible. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Del Signo, 2017.
AMARAL, Adriana; SOARES, Thiago; POLIVANOV, Beatriz. Disputas sobre performance nos estudos de Comunicação: desafios teóricos, derivas metodológica. Intercom – RBCC. São Paulo, v.41, n.1, p.63-79, 2018.
APPADURAI, Arjun. Dimensões culturais da Globalização. Lisboa: Teorema, 2004.
BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciências Políticas. n.11. 2013.
BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.
BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas sobre uma teoria performativa de assembleia. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 2018.
CARRERA, Fernanda. Roleta interseccional: proposta metodológica para análises em Comunicação. E-Compós (Ahead of print). 2020.
CASTRO-GOMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón. (eds). El giro decolonial: Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2007.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano, 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.
CEVASCO, Maria Elisa. Dez lições sobre estudos culturais. São Paulo: Boitempo Editorial, 2003.
COLLING, Leandro. O que performances e seus estudos têm a ensinar para a teoria da performatividade de gênero? Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 1, n. 40, mar./abr. 2021.
COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Intersectionality. Cambridge: Polity Press, 2016.
COLLINS, Patricia Hill. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. Parágrafo. v. 5, n. 1, p. 6-17, 2017.
DELANTY, Gerard. “La imaginación cosmopolita”. Revista CIDOB d’Afers Internacinals – Fronteras : Transitoriedad y dinâmicas interculturales. n. 82-83. 2008.pp. 35-49.
DULCI, Tereza Spyer; MALHEIROS, Mariana Rocha. Um giro decolonial à metodologia científica: apontamentos epistemológicos para metodologias desde e para a América Latina. Espirales. Edição Especial. Jan/2021.
ESCOSTEGUY, Ana Carolina. Cartografia dos Estudos Culturais – uma versão latinoamericana. Belo Horizonte: Autêntica, 2010 (versão online).
FEATHERSTONE, Mike. Cultura de Consumo e Pós-Modernismo. São Paulo: Studio Nobel, 1995.
FREIRE FILHO, João. Mídia, consumo cultural e estilo de vida na pós-Modernidade. Revista ECO-PÓS. v.6 n.1. 2003. p.72-97.
FRITH. Simon. Music and identity. In: Hall, S., du Gay, P. (Eds.), Questions of Cultural Identity. London: Sage, 1996. p. 108–127.
GARCÍA CANCLINI, Néstor. Culturas híbridas. São Paulo: EDUSP, 1997.
_____________. Diferentes, desiguais e desconectados. RJ: Editora UFRJ, 2005.
_____________. Consumidores e cidadãos. RJ: Editora UFRJ, 2000.
_____________. A globalização imaginada. São Paulo: Ed. Iluminuras, 2007.
GARCÍA CANCLINI, Nestor; CRUCES, Francisco; & URTEAGA, Maritza. (Eds.). Jóvenes, Culturas Urbanas y Redes Digitales. Madri: Ariel, 2012.
GROSSBERG, Lawrence. Estudios culturales vs. economía política: ¿quién más está aburrido con este debate?.  Causas y azares, v.4. 1997. p. 47-62.
_____________. Estudios Culturales: Teoría, política y práctica. Valencia/Espanha: Letra Capital, 2010.
HALL, Stuart. A centralidade da cultura. In: Educação e Realidade. Porto Alegre, v. 22, n. 2, 1997.
____________. Da diáspora: Identidades e Mediações Culturais (org. Liv Sovik). Belo Horizonte: Editora UFMG/ Brasília: Unesco, 2003.
____________. Quem Precisa da Identidade? In: SILVA, T. T. (org.) Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000.
HANNERZ, Ulf. Fluxos, fronteiras, híbridos: palavras-chave da antropologia transnacional. Revista Mana, 3 (1), p.7-39, 1997.
hooks, bell. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, v. 1, n. 16, p. 193-210, jan./abr. 2015.
JANOTTI JR. Jeder e GOMES, Itânia Mota (orgs.). Comunicação e estudos culturais. Salvador: Ed. UFBA, 2011.
KELLNER, Douglas. A cultura da mídia – estudos culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno.  Bauru, SP: EDUSC, 2001.
KYRILLOS, Gabriela. Uma Análise Crítica sobre os Antecedentes da Interseccionalidade. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 28, n. 1, 2020.
LANDER, Edgardo. Ciências sociais: saberes coloniais e eurocêntricos. In. LANDER,Edgardo. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p.21-53.
LEETOY, S. Notas sobre modernidad, decolonialidad y agencia cultural en Latinoamérica. Chasqui - Revista Latinoamericana de Comunicación. n.º 131. pp 47-62. 2016.
LUGONES, Maria. Rumo a um feminismo decolonial. Revista Estudos Feministas. Florianopolis, v.22 n.3. p.935-952, set-dez.2014.
MALDONADO-TORRES, Nelson. El arte como territorio de re-existencia: una aproximación decolonial. Iberoamérica Social: revista-red de estudios sociales VIII, 2017. pp. 26 – 28. Disponível em: https://iberoamericasocial.com/arte-territorio-re-existencia-una-aproximacion-decolonial
MARTIN-BARBERO, Jesus. Ofício de cartógrafo – travessias latino-americanas da comunicação na cultura. São Paulo: Loyola, 2004.
_____________ Dos meios às mediações. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997.
MATTOS. Maria Ângela; JANOTTI JUNIOR, Jeder; JACKS, Nilda (orgs.) Mediação & Midiatização. Salvador/Brasília: EDUFBA/Compós, 2012.
MIGNOLO, Walter. Trayectorias de re-existencia: ensayos en torno a la colonialidad/decolonialidad del saber, el sentir y el crer. (org. por Pedro Pablo Gómez). Bogotá: Universidad Distrital F.J. de Caldas, 2015.
MIGNOLO, Walter. Desafios decoloniais hoje. Epistemologias Do Sul, n.1, v.1, p. 12-32, 2017.
MIGNOLO, Walter. DesobedieÌ‚ncia episteÌ‚mica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF. n 34, p. 287- 324. 2008.
NEGUS, Keith e ROMÁN-VELÁZQUEZ, Patria.  Belonging and detachment: musical experience and the limits of identity. Poetics. 30. 2002.p.133–145.
KILOMBA, Grada. Plantation memories – episodes of everyday racism. Münster: Unrast/Verlag, 2010.
OLIVEIRA, Luciana Xavier. BATA O SEU KOO: estéticas corporais alternativas e novas performances de gênero e raça em uma festa negra LGBTQIA+. Anais COMPOS 2021. São Paulo: Compós, 2021.
ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
PRYSTHON, Angela. Cosmopolitismos Periféricos: Ensaios sobre Modernidade, Pós-Modernidade e Estudos Culturais na América Latina. Recife: Ed. Bagaço, 2002.
PRYSTHON, Angela. Intersecções da teoria crítica contemporânea: Estudos Culturais, Pós-Colonialismo e Comunicação. ECO-PÓS. Rio de Janeiro, v. n.2. p. 31-44. 2004.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
QUINTERO RIVERA, Ángel. Las prácticas descentradas afrocaribeñas de elaboración estética y su celebración y fomento de la heterogeneidade. In: Hegemonía cultural y políticas de la diferencia. Buenos Aires: CLACSO, 2013.
RANCIÉRE, Jacques. A partilha do sensível. São Paulo: Ed. 34, 2009.
RESTREPO, Eduardo (coord.) Stuart Hall desde el sur: legados y apropiaciones. Buenos Aires, Clacso, 2014.
SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Cia das Letras, 1990.
SANTIAGO, Silviano. Cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2004.
SANTOS, Boaventura Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.) Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
SILVA, Tomás Tadeu (org.). O que é, afinal, Estudos Culturais. BH: Autêntica, 1999.
SILVA, Tomas Tadeu (org). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Petropolis: Vozes, 2002.
SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a mídia? São Paulo: Ed. Loyola, 2002.
TAYLOR, Diana. Performance. Buenos Aires: Assunto Impresso ediciones, 2012.
TAYLOR, Diana; FUENTES, Marcela (edits.). Estudios avanzados de performance. México: FCE, Instituto Hemisférico de Performance y Política, Tisch School of the Arts, New York University, 2011
YÚDICE, George. A conveniência da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2005.
WALSH, Catherine. Pedagogías Decoloniales: práticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Quito/Equador: Editora Abya-Yala, 2013. (Serie Pensamiento Decolonial). Tomo I e II.
WILLIAMS, Raymond.  Marxismo e Literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.